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Perspectiva de Convergência

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(*este texto é a primeira parte de dois textos)

Eu tenho muitos interesses.

Há muitas coisas na vida que me apaixonam.

Muitas coisas que eu nem experimentei ainda, que tenho certeza que me apaixonariam.

A vida é interessante demais.

Um pregador que gosto uma vez disse que é possível passar 20 anos estudando o que tem debaixo de uma pedra e achar coisas interessantes para se deleitar.

O quanto não há por ai?!

Eu queria poder viver milhares de vidas!

Ser várias coisas diferentes a longo prazo.

Porque é só no longo prazo que realmente experimentamos certas coisas.

Eu queria poder cuidar do meu corpo como grandes atletas.

Queria subir montanhas, mergulhar em lugares profundos, encontrar locais inexplorados.

Queria ler muitos livros, jogar vários jogos, assistir inúmeros filmes, escrever minhas próprias histórias, ouvir músicas novas, explorar outras culturas.

Queria ser policial, médico, cientista, caminhoneiro, bombeiro, Cineasta, piloto, jogador, roceiro, motorista, espião, playboy, índio, presidente, soldado, diplomata, advogado, empresário, político, biólogo, aventureiro, transeunte, mochileiro, um premiado ao Nobel, Professor…

…ehr… Não! Professor, não! Rs Eu ia precisar de uma vocação pra isso. Mas com vocação, quem sabe? Talvez também seja uma baita experiência!

Tudo bem! Professor também seria interessante então.

É tanta coisa pra uma vida tão curta.

E como é curta.

No começo parece longa. Mas vai ficando cada vez mais rápida.

Ou nós que vamos ficando lentos?

Não importa. Dura pouco.

Se eu não cresse em Deus talvez caísse naquele senso comum do: A vida é curta, aproveite o que puder.

Esse pensamento rifa nossa vida em nome de aproveitá-la.

Quem tenta fazer de tudo acaba não fazendo nada.

Por exemplo. Os que tentam ter muitos relacionamentos, terminam com relacionamento nenhum.

Os que buscam aproveitar as noites, perdem os dias.

A vida costuma exigir um certo rítmo.

Você pode viajar o mundo em 80 dias.

Mas só vai conhecer o mundo mesmo.

Os lugares que há no mundo, permanecerão um mistério a menos que você more em alguns deles.

Em outras palavras, tem que se escolher um interesse.

“Um homem que não encontra algo pelo qual morrer não é apto a viver” (Martin Luther King Jr).

Parece que fomos feitos assim, pra nos entregarmos e nos gastarmos para algo.

No fundo, mesmo quem está rifando sua própria vida para aproveitá-la, está se gastando para algo.

Ainda que seja para sí mesmo. Sua própria causa.

Como creio em Deus. Sei que dessa vida aqui,

Curta como é,

Depende o meu futuro eterno.

E diante desse conhecimento, me pergunto o que realmente é interessante?

Continuo interessado em todas as coisas que mencionei ali em cima.

Porém, fui arrebatado por um interesse ainda mais extraordinário.

De um Homem, que teve a coragem de dizer que era Deus.

Esse Homem viveu como ninguém que eu jamais conheci.

Já achei gente muito parecida, mas nunca igual a Ele.

Ele nunca contribuiu um grama pra maldade desse mundo.

Mas foi tratado como o mais maligno dos seres humanos.

Fica ainda mais interessante quando percebo que isso não foi feito dEle por vontade de outros.

Ele mesmo quem se entregou para ser morto como o pior de nós.

Para que eu fosse eterno.

O simples fato de haver uma possibilidade, por mais remota que fosse de eu ser eterno é empolgante demais, porque me diz que um dia eu vou poder ir atrás de todos os meus interesses. Tempo nunca me faltará.

Só que esse não é o fato mais interessante.

É que em morrendo dessa forma para que eu seja eterno, Ele diz nas entrelinhas que há muito mais amor nesse Universo do que eu supunha.

E amor por mim.

Isso é tão forte.

Tão intenso.

Que me esqueço dos outros interesses.

Eles se acinzentam nebulosamente num horizonte que para trás de mim se distancia.

Nunca vi, nem hei de ver, algo mais interessante do que isso.

E no dia em que eu for eterno e puder correr atrás de todos os meus interesses livremente, me lembrarei sempre do que me garantiu tamanha liberdade.

É isso que quer dizer: “Deus fez convergir nEle, todas as coisas” (Efésios 2:10 parafraseado por mim).

Enquanto não sou eterno. Reputo este como o maior dos meus interesses. E pretendo submeter todos os outros a Ele.

Nada pode ser mais importante do que isso.

Nem dividir seu espaço.

Meus sonhos e desejos se encontram esmagados pela massiva imagem de um Cristo, bondoso, amoroso e crucificado.

Eu sou um inseto. E meus interesses são menores do que eu.

No entanto, eles são ousados.

E por vezes se intrometem em minha vida resgatada por Cristo.

Mas vou repetir mais uma vez pra minha velha e afetada natureza.

Nada é mais importante que Cristo.

Ele é o meu único Senhor!

Meu único interesse!

E que meus outros interesses esperem.

A começar por hoje.  Primeiro Ele.

Tudo Ele.