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O diabo da estabílidade.

A história dos sapos fritos é real.

Você não consegue jogar um sapo na água fervente.

Mas se coloca-lo em água agradável e for subindo a temperatura ele será cozido antes de perceber.

É eu falei “fritos” e depois “cozidos”, mas você pegou a idéia.

Vivemos na Matrix.

Um mundo construído para te absorver sutilmente.

Cheio de influências, interesses e, portanto, conflitos.

Mas quem quer conflitos? Queremos é conforto!

Por isso algumas influências desse mundo em prol de seus interesses aqui, nessa Matrix, querem mesmo nos dar conforto.

E como a linguagem que mais funciona é a dos interesses.

Tudo que nos interessa: música, conforto, carros, ar condicionado, internet, video-games, viagens, tudo é feito nessa matrix para que nos acomodemos confortávelmente.

A esquizofrênia é que estamos sempre buscando o conforto e a segurança em um mundo em Guerra.

Tão certo quanto é louco comprar um prédio que vai cair,

instalar uma rede e tomar uma água de coco em meio a um fronte russo da segunda guerra mundial,

é o conformismo que buscamos nesse mundo.

Todos estão querendo permanecer. Todos queremos projetos seguros de longos-prazos.

Ninguém faz um projeto, ou plano pra acabar logo.  Queremos que o que é bom dure.

Uma reminiscência de nossa eternidade perdida.

Estamos acostumados a querer sermos servidos sempre.

Queremos que o nosso programa de TV dure para sempre.

Queremos que o programa que gostamos na TV dure para sempre.

E dure para sempre, gerando em mim, sempre a mesma intensidade de entretenimento.

Se falhar, que venha um novo.

Continuamos buscando a eternidade e sua segurança,

pena que está nos faltando a compreensão de que esta não é a hora e nem o lugar certo.

Estamos numa eterna busca por sossego e felicidade.

Uma busca esquizofrênica, repito, dado o fato de que estamos em Guerra.

“Fanatismo!” Grita satã: “Evite o fanatismo!”

“Busque o equilíbrio”. O diabo nos conclama.

E estamos perdendo o nosso fervor no emaranhado de nossos habitos corriqueiros em busca do “berço explêndido”.

Isso é secularismo.

Quando isso ocorre dentro da igreja, então é porque esse século já a invadiu.

A contrafação de satanás opera baseada nas boas coisas que Deus inventou.

Quer felicidade? Seja agora!

“Lhes dou bens de consumo que geram essa sensação já!”

Quer segurança? Alcance aqui!

“Use toda e qualquer ferramenta necessária para proteger seus interesses. Você tem o que precisa, basta fazer uso dessas ferramentas”.

Mas no fundo a proposta é outra.

Que você continue com sua natureza pecaminosa: E para tanto, continue aqui.

Sem falar da religiosidade insossa que ele oferece.

Irrelevante, que não muda nada, nem você, nem quem te está próximo.

Uma religiosidade “equilibrada”, que não te dá novos príncipios, não muda sua forma de pensar, não muda sua visão de sí mesmo, não muda seus habitos ou comportamentos.

Uma religião que não opera.

equilibrio

“Fervor é fanatismo, é desequílibrio”. ele diz.

Mas não é de equilibrio que precisamos, diz o texto Bíblico.

Isso nós já temos: “não és quente, nem frio, porque és morno…”

Fervor. Calor! Fogo! Extremo!

É isso que o nosso tempo demanda e a altura da batalha que travamos nessa guerra exige:

Extremo!

Agora é tudo ou nada!

O diabo está no marasmo.

Na valsa tocada do mundo de hoje.

O problema não é uma música ou outra,

se é secular ou sacra,

se é o funk ou samba…

O problema são todas as músicas que, fazem o seu papel de nos anestesiar em vida.

Cada uma que  exercendo sua influência de nos convencer, nos conforma com a idéia de que há coisas boas aqui.

O problema é a estação de rádio que te diz: “Que bela noite! Aproveite-a”.

É o fundo músical do shopping que ameniza as dores imediatas.

São as belas luzes noturnas, os desenhos dos prédios, as curvas dos carros, o cheiro de novo, o mp3 no ouvido, a textura na parede, o apelo sexual na juventude sedutora, a liberdade do vôo livre de páraquedas.

Todas as anestesias.

Doses temporárias de leveza e engodo.

Enquanto somos dizimados como gado, na mão de um INIMIGO que aprendemos a amar.

O termo “INIMIGO” virou um chavão.

Perdeu seu significado profundo e incomodo.

E sem inimigo não há luta.

O que não quer dizer que não haja guerra portanto.

Aliás, na arte da Guerra o pior inimigo é o que precisamente não se vê ou se pode reconhecer.

Caminhoproceu

Deus, porém, não nos deixa desavisados:

“Não vos conformeis com este século”, (Romanos 12:2)

Em vez de lutarmos contra este mundo, começamos a lutar mais para viver bem nele.

“Ocupem seus pensamentos com tudo o que é amável, puro, justo, respeitável, verdadeiro, de boa fama ou virtuoso”. (Filipenses 4:8)

Isso é muito radical, ainda mais para um mundo onde o oposto é o comum.

Mas fica ainda mais radical ou “fanático”:

“Porquanto, quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a vida por minha causa achá-la-á”. (Mateus 16:25)

Afinal de contas, se o fim dessa matrix é a morte:

“Que aproveitará o homem se ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?”(Mat 16:26)

E como você acha que um mundo mal irá tratar os que amam o bem?

“No mundo, tereis aflições”…  (João 16:33)

O recado divino é que não haverão facilidades.

Aqui, não haverá segurança ou tranquilidade. (Miquéis 2:10)

Não podemos esquecer que aqui é guerra!

“mas tende bom ânimo”. (João 16:33)

A risada alegre é saudável. (Provérbios 17:22)

Não há dúvidas disso! E Não há vitória sem motivação.

Mas há um perigo na alegria: “O coração dos sábios está na casa do luto, mas o dos insensatos, na casa da alegria”. (Eclesiastes 7:4)

O perigo da alegria momentanêa reside exatamente nisso.

No momento.

Mas todo momento, passa. E esquecer disso é uma grande insensatez.

“Melhor é ir à casa onde há luto do que ir à casa onde há banquete, pois naquela se vê o fim de todos os homens; e os vivos que o tomem em consideração”. (Eclesiastes 7:2)

A verdadeira alegr… não! “Verdadeira” não! Esse é o termo errado.

Não posso negar a alegria de ninguém e categoriza-la como falsa ou verdadeira.

Então vamos falar diferente:

A BOA alegria… é a que dura.

Que tem sua origem eterna. E por isso terá o mesmo efeito duradouro.

“Tu me farás ver os caminhos da vida;

na tua presença há plenitude de alegria,

na tua destra, delícias

perpetuamente. (Salmos 16:11)

Como conheceremos o Bem,a BOA alegria, nesse mundo contaminado?

“Mais alegria me puseste no coração do que a alegria deles,

quando lhes há fartura de cereal e de vinho.

Em paz me deito e logo pego no sono, porque,

SENHOR, só tu me fazes repousar seguro. (Salmos 4:6-8)